quinta-feira, 24 de setembro de 2009

The Toy Master



"Vejo esses rostos, e sinto a tristeza deles. Eu diria até que pagariam por um sorriso."
É a primeira coisa que Geoff pensa ao reparar melhor nos acompanhantes deste sinistro
senhor que veio até ele, como se soubesse pelo que o jovem passou.
Bem, aqueles que nos são caros, se vão. Em algum momento.
Não há como adivinhar. E no caso de Geoff foi tão repentino quanto uma pancada de chuva,
ele ainda não acredita direito. Se pudesse mudar isso tudo que aconteceu.
Mas é irreparável.

Pelo menos, é algo que pensava ser uma verdade definitiva até receber esta visita insólita.

"Veja bem, eu sou alguém que costuma estar na hora certa... no lugar certo" A figura lhe disse copiosamente, enquanto seus acompanhantes observavam com expectativa o pequeno Geoff e seu bicho de estimação. Se é que se pode chamar uma bolha com rosto de caveira disforme de bichinho.
- Eu posso sentir a dor que lhe aflige. Acredite em mim, eu posso mudar isso - e um sorriso quase maléfico despontando no canto da boca - Veja os meus amigos aqui. Eles viveram sem ambições ou desejos, desprovidos de vontade, quase não notaram a diferença quando a vida abandonou-lhes ao último suspiro. Mas eu fiz um pequenino favor, e agora estão andando, me fazendo companhia! Não é lindo???

Geoff queria chorar mas não podia. Não naquele momento. Não com uma abóbora risonha lhe encarando.
- O que queres dizer com tudo isso, por que não posso ficar em paz um pouco?
- Não é você que está em paz. Você também não iria gostar de estar não é mesmo? Atente para o que vou lhe dizer hein! É uma proposta, não, uma oferta, irrecusável. - a última palavra foi arrastada o máximo que pode, dando calafrios. - Gostaria de conversar com seu pai de novo não?
- Não.
- Ah, vejo que não entendeu ainda onde quero chegar.

Geoff pode jurar que viu o menorzinho de touca que não desgrudava do senhor tremer com as últimas palavras. E pensando bem, o espantalho não parecia sorrir. Parecia disposto a lhe... dar um aviso? E que chapéu é esse, umas dobras estranhas, cavernosas que pareciam formar um rosto...
- Não finja que é forte, aceite suas fraquezas pequenino! - não dava para saber a intenção do que ele disse, causara até uma certa repulsa.
- Como você se chama?
- Me chamam de uma coisa boba sabe, mas pode chamar-me assim também.
- Assim como??
- Ah, sou carinhosamente conhecido como mestre dos brinquedos-não-repare-muito-neste-nome, quer seu pai aqui de volta, garoto? Ah, me chame de Malcapine, por favor.
- Certo... eu.... - respirou fundo e olhou com cuidado o rosto de Malcapine - eu gostaria de um tempinho para - e foi interrompido por um sorriso imenso que se desenhava no rosto que lhe encarava. - o que houve?
- É só dizer, querido Geoff, e será realizado.

Geoff ficou indeciso.


2 comentários:

  1. Adorei a ilustração e a história *_*
    O lineart de nankin ficou muito legal! Eu gostava de fazer parecido as vezes só por diversão, porque eu sempre faço os linearts tão "certinhos" e limpinhos que as vezes irrita XD

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  2. brigado \o/
    brigado mesmo, eu to me habituando bastante a esse estilo mesmo, mas esse foi o primeiro q fiz usando pincel e nankim, bah depois de um tempão, foi mt tri
    mas eu queria fazer melhor linearts certinhos .___.
    xDD

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